sábado, 15 de maio de 2010

Espírito

Eu vago pelos quartos, arrastando as lembranças dos sentimentos que se foram...
Eu vejo os móveis, sinto os cheiros, mas não vejo ninguém, nem ouço nada.
Este não é mais o meu lugar.
Mas sinto que estou em cada cômodo, feliz e viva ainda... é só uma sensação...
Sei que também sou percebida, mas não sou vista... é impossível.
Simplesmente porque não estou aqui. Por mais que eu ouça me chamarem, não há como.
Estou longe demais para voltar...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Quando um de nós se vai

Estamos todos juntos, somos amigos.
Nos apoiamos, nos divertimos, choramos,
Dividimos o que temos
E buscamos juntos o que queremos.

E juntos, mesmo que distantes às vezes,
Passamos a vida.

Então,
Quando um de nós se vai,
Fica tudo aquilo que vale,
Tudo o que sentimos,
O que não podia ter sido diferente,
E a falta que faz...

Quanto...

Quanto de mim eu libertei
Para poder prender agora
Nos seus braços, meu corpo, meu amor.

Quanto de mim eu mudei
Para poder me renovar
e quanto de mim eu descobri, para agora me esquecer.

Quantas vezes eu chorei
Por ser má demais, boa demais,
E a contante frustração de nunca ser suficiente.

Você me dá alívio e conforto.
Mas distante,
Não tenho certeza de quantos terei que matar
Para me livrar do egoísmo de saber que sou feliz,
Mas não consigo evitar maus sentimentos.

Fantasmas

Então, onde estiver,
eles irão me acompanhar.
Fantasmas arrastando correntes de flores,
entre neblinas de dor,
do vapor das lágrimas sobre a pele quente.
Estão ali, suaves e fétidos,
antigos, que eu guardava e não sabia...
Eles nunca foram embora...

Texto escrito em 13/09/2007 no metrô

Basta!
Pouco me importa o que pensas da vida!
Conheço-a bem, porque a sinto em minhas veias... vivo...
Tu, com teus pensamentos de baixa estima pelo que te acerca, não irá me convencer!
Não es nada mais além da sombra do ontem, que alimenta o futuro com o que já é passado. Passado que até mesmo desconheces...
Talvez tua ignorância seja o que realmente te aflinge.
Não choras pelas desavenças do mundo, e sim, pelo que não puderas experimentar.
Não percebes que teu desespero é cruel e egoísta?
Pensas que es solidário às dores do povo, mas tudo o que tentas é desesperançar os poucos ainda corajosos.
Por Deus, encontrei-te aqui hoje!
Pude afirmar a partir da tua maldade, que lutar pela vida é derrubar os castelos dos incapazes.

Solidão

Melancólica e bela,
a solidão segue por horas
entre meus amigos e meus anjos.
Encontra-me frágil e me abraça.
Entre tantos, apenas este me conforta.
E suavemente eu durmo.
Nem a beleza da noite
ou a sensualidade da lua
me separariam dela,
que cruza meu destino com tanta sutileza,
que já a tenho como parte de mim.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Não alimente a raiva... mas cuidado, ela pode te matar!

Expressar a raiva pode ser prejudicial, mas não há nada pior do que deixar que as pessoas sintam dó de você por ser passivo. Aceitar tudo e apenas deixar de lado é uma prática que com o tempo vira câncer.
Com isso, a pessoa vai perdendo sua identidade, moldando-se a preceitos que nunca teve.
Explodir, às vezes, é o melhor que se pode fazer à sua saúde.
Não digo fazer atrocidades, nem cometer assassinatos. Mas é preferível se arrepender de ter gritado ou xingado, do que se corroer por nunca ter feito.
Não se pode exigir perfeição de ninguém; ninguém é apto nem tem moral para isso. Também não se pode explodir à toa, pois assim se torna uma pessoa insuportável.
Mas quando chegamos a um nível de estresse onde não vemos nada, não ouvimos nada, é o momento de deixar fluir.
Não é um sentimento bom, mas é um sentimento existente, irrefutável. E como todo sentimento, pelo menos uma vez na vida, vai ser demonstrado.
E não há porque se culpar. A raiva é uma parte da realidade humana.